sexta-feira, 18 de maio de 2007

























Esta noite o vento ceifa os bosques e
uma raiva sacode a terra.
Se a voz do mar chamasse pelas velas,
os estreitos aguardariam um naufrágio.
E se dissesses o meu nome eu morreria de amor.

Devo, por isso, afastar-me de ti –
nãopor ter medo de morrer
(que é de já nãoo ter que tenho medo),
mas porque a chuva que devora as esquinas é a única canção
que se ouve esta noite sobre o teu silêncio.


Maria do Rosário Pedreira

sábado, 12 de maio de 2007
























Tatuaste o rumo da tua vida no corpo
e seguiste-o sem hesitações...
...e de todos os lugares por onde passaste trouxeste amores pintados a ouro.
Nada esqueceste,...
Na pele resta-te apenas espaço para a inscrição da tua morte
Um sorriso pleno de sabedoria e paz,
troféu de tantas batalhas,
vencedor numas, vencido noutras,
mas sempre, sempre guerreiro.

Ana Carvalho

quarta-feira, 9 de maio de 2007
















minha boca
é pouca
pro desejo
que anda à solta.

Martha Medeiros